Uma pincelada sobre o processador do Mac

   Antigamente, muito se discutia sobre as vantagens e desvantagens dos processadores PowerPC em relação aos chips x86. O principal reduto dos chips PowerPC eram os Macs (com todo o misticismo envolvido), enquanto os PCs eram o território dos chips x86. Com isso, as discussões em torno dos Macs e PCs orbitavam não apenas em torno do OS X e dos softwares para a plataforma, mas também nas diferenças entre as duas famílias de processadores, muitas vezes descambando para a velha briga CISC x RISC.



            Em resumo, a filosofia CISC, empregada nos primeiros chips x86, se baseia na ideia de produzir chips capazes de executar um grande número de instruções, facilitando o trabalho dos desenvolvedores e dos compiladores. A filosofia RISC, por outro lado, se baseia no uso de instruções simples, que são executadas rapidamente pelo processador e podem ser combinadas para desempenhar as funções de instruções mais complexas.
            Com o passar do tempo a melhoria nas técnicas de fabricação possibilitou o desenvolvimento de chips mais complexos, o que tornou a distinção muito menos clara. Todos os processadores Intel a partir do Pentium Pro e todos os AMD a partir do K6 executam internamente instruções simples (como os RISC), mas possuem decodificadores de instruções dedicados a manter a compatibilidade com as instruções x86. Muito trabalho foi aplicado no desenvolvimento de decodificadores mais eficientes, o que tornou o processo bastante rápido.


            Os processadores de Mac começaram sendo os PowerPC desenvolvidos em parceria com a Motorola, que cuidava da parte de produção em massa de eletrônicos, e com a IBM, que possuia uma arquitetura poderosa em mãos (PowerPC), mas devido a crises por quais as empresas passaram elas romperam a parceria feita com a Apple em relação aos processadores.
Em 2005 a Apple surpreendeu o mundo anunciando a migração da plataforma PowerPC para a plataforma x86, uma metamorfose complicada, que foi concluída em tempo recorde.

            O problema da compatibilidade com os aplicativos compilados para a plataforma antiga foi parcialmente solucionado através do Rosetta, um tradutor dinâmico de instruções que permite executar diretamente os aplicativos compilados para os processadores PowerPC. Em resumo, o Rosseta trabalha examinando o código binário, convertendo instruções PowerPC em instruções x86, gerando um novo código que é então executado. O princípio de funcionamento é o mesmo de um compilador, com a diferença de que ele converte código binário em código binário e trabalha em tempo real.


Postado por: Gustavo Oshiro

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